Biblioteca

Bem... Aqui tem uma porção de livros. "Hogwarts, uma História", "A História da Magia", "Grandes Bruxos da História" e "As Artes das Trevas e Aqueles que As Usaram" são apenas alguns dos livros que existem aqui.

Juliette estava na biblioteca fazia um bom tempo. Acordara meio tarde, por isso nao fora para o cafe-da-manha. Gostava da biblioteca, pois la costumava a ser um lugar quieto aonde dava para pensar direito sem se preocupar com as outras coisas. Naquele momento haviam somente uns dois alunos e a madame Pince, que ja estava meio velha para cuidar de uma biblioteca, na opiniao de Juliette. Ela havia terminado de ler seu terceiro livro aquela manha. Levantou-se e deixou-o no lugar aonde estava antes, na estante. Ela foi procurar outro livro intressante para lr. Nas primiras estantes quase nunca havia algo bom. Foi mais para o fim, la pelo meio da biblioteca. Foi em direcao a uma das estantes e comecou a procurar algum outro livro que prestasse. Incrivel como a biblioteca de Hogwarts fica mais pobre a cada dia que passa... pensou.

Daniel acordou mais tarde naquele dia. Passara a noite terminando o penúltimo volume da sua coleção preferida, sem desgrudar os olhos das páginas por um segundo. Nem o sono o atrapalhara, pois estava totalmete curioso para saber como acabaria aquela luta épica entre o herói e o vilão.
Quando acordou, mal trocou suas roupas e já estava correndo para a biblioteca para locar o último volume, mesmo já tendo enviado um pedido para a Floreio e Borrões. Não conseguiria esperar mais um segundo sequer sem saber como acabaria a história que não saia de sua cabeça. Na sua pressa, atropelou alguns lufanos do primeiro ou segundo ano, mas não parou para pedir desculpas. Afinal, lufanos não merecem compaixão mesmo.
Chegando na Biblioteca, foi direto para as entantes onde todos os 11 volumes da coleção ficavam. Na pressa, atropelou alguém. Uma garota, talvez. Como já estava bem perto de seu alvo, não se importou em perder alguns segundos erguendo a pessoa. O cavalheirismo tem que sobreviver de algum jeito, não?
Me desculpe por isso.. - e ajudou a menina a se levantar. Estava com um pouco de pressa e.. - foi quando ele viu que era Juliette. Oi! - disse ainda meio sem graça sobre seu último "encontro".

Juliette ficou um bom tempo olhando a estante, procurando por algum livro bom. Quando parecia que finalmente ia pasrar de ler por aquele dia, encontrou um. Sobre ningum mais ningum menos do que o Lord das Trevas. Isso devia estar aqui, pra qualqur aluno ver? pensou, dando uma boa olhada no livro antes de pega-lo. Ele era preto com o titulo em alto-relevo na cor dourada. "A ascencao e Queda do Lord das Trevas". Abriu-o na primeira pagina e deu uma olhada. Quando ia se levantar para leva-lo ate uma mesa qualqur para ler, quas foi atropelada por algum apressadinho. Ela estava se preparando para dizer uns bons desaforos para a pessoa quando viu que era Daniel. El pediu desculpas e a ajudou a se levantar, mas pareceu que so depois viu que era ela. A expressao do garoto mudou rapidamente quando notou isso, e Juliette quase riu. Ah... Oi. ela disse, sm uma expressao definida.

A garota mecheu os lábios como se fosse rir, e isso aliviou Daniel um pouco Então ela não tá completamente brava comigo, ufa.., pensou. Essa idéia fez o garoto esquecer o porque de ir para a biblioteca com tanta pressa. Foi então que viu o livro preto nas mão de Juliette, e se lembrou que queria desesperadamente ler o último volume de sua coleção. Queria. Mas por que terminar a conversa agora? Queria falar mais com a garota.
Ham.. que livro é esse? - disse estendendo a mão para pegar o livro. Depois se arrependeu de ter feito isso, ela provavelmente não gostaria que outras pessoas se intrometessem no que estava lendo.

Daniel parecia meio perdido. Provavelmente havia esquecido o motivo de ter ido na bibliotca. Juliette nao queria saber... Ou queria? Eh, o lado bom d conversar com esse garoto eh que treino controlar a legilimencia... pensou. O garoto perguntou que livro era aquele que ela tinha nas maos, estendendo uma mao para pega-lo. Imediatamente ele fez uma careta estranha, como se tivesse se arrependido de ter feito isso. Ela nao se importou e entrgou o livro para que Daniel dess uma olhada nele. A Ascencao e Queda do Lord das Trevas. diss ela, que ja havia decorado o titulo do livro.

A garota entregou o livro para Daniel. Ele era bem.. denso. Provavelmente umas 800 ou 900 páginas, capa dura e negra, com o título em dourado.
Não sabia que você era fã do lagartão - e devolveu o livro. Então.. o que faz aqui tão cedo? Não vai me dizer que gasta seus finais de semana na biblioteca! Nada contra, mas.. você deve gostar de fazer alguma outra coisa - disse enquanto pegava o livro mais grosso de sua coleção e se dirigia para madame Pince.

Ela quase fez uma careta com o comentario. Nao sou. Soh... Tenho algumas coisas em comum com ele. quando Daniel devolveu o livro Juliette sgurou-o como se fosse a coisa mas preciosa que tivesse no mundo. Ela notou que aquilo era meio stranho entao mudou o modo que segurava o livro. E ele nao era um lagartao. Era um cotonete gigante. ouviu em silencio a pergunta do garoto, sobre se ela passava os fins de semana somente na biblioteca. Na verdade, nao tenho muitas coisas pra fazer. Entao... Eh, eu passo meus finais de semana na biblioteca, sim...

Depois de assinar os 9 papéis que a madame Pince fazia os alunos assinarem para alugar um livro, ele se virou para Juliette:
Ok, você ganhou. Sua comparação é melhor do que a minha. Mas admito, estou confuso. O que teria você em comum com um cotonete gigante? - e fez uma cara de falsa indignação.
E, qualé.. não é possível que você passe TODOS os finais de semana aqui. Nada de quadribol, passeio pela escola, fugida pra Hogsmead, caça aos pirralhos.. nada??

Bom... Eu fui criada em um orfanato. O cotonete gigante tambm. E eu sou... Ah, nada... Deixa pra lah... SUA ANTA PARAPLEGICA COM DESINTERIA MAL-CURADA! Juliett s xingou mentalmente. QUASE QUE VOCE FALA QUE EH LEGILIMENS, SUA ANTA! ANTA! ANTA! ANTA!!! Apesar dos pensamentos um tanto raivosos, ela conseguiu manter o semblante calmo e indiferente de sempre. Sim, h totalmente possivel que eu passe todos os fins de semana aqui. Nada de quadribol, passeio pela escola e nem nada dessas coisas que voce falou. E tecnicamnte, as unicas pessoas mais novas que eu aqui em Hogwarts sao um ano mais novas. Nao sao exatamente pirralhos.

Interessante... então quer dizer que a senhorita Cotonete Gigante nunca esperimentou os prazeres carnais de voar em um vassoura nem irritar alguém mais novo, mesmo que só por um ano? Então, eu, o Cavaleiro Branco, devo seguir meu coração e salvar a bela dama da vida virtuosa da leitura - disse com o tom que dubladores sempre usam quando um cavaleiro fala que irá salvar o dia, colocando a mão sobre o coração e fazendo uma cara de quem avista um futuro glorioso no teto. Afinal, você não quer acabar como a madame Pince, quer? - aqui ele abaixou a voz num sussurro, para que a bibliotecária não o ouvisse. Mas ele duvidou se ela conseguia ouví-lo mesmo se estivesse berrando. Aposto que ela nunca teve a oportunidade de ser salva como você está tendo agora. Então, o que me diz? Vassouras ou pirralhos? - e fez uma cara que sempre usava para provocar as pessoas de um jeito desafiador.

Juliette simplesmente nao aguentou. Deu uma boa risada quando o garoto falou toda aquela baboseira de cavaleiro branco, sguir o coracao e tudo o mais. Aquilo era estranho. Ela, que nunca rira nem com a piada mais engracada do mundo, de repente ria com qualquer besteira que aquele quase-desconhecido dizia. Definitivamnte nao era certo... Nem um pouco certo... Foi despertada de seus pensamntos pelo sussurro do menino. Ela virou o pescoco para olhar para a madam Pince, que roncava como um porco eem uma mesa qualquer. Eca! deixou escapar, entao ouviu o que o menino falou novamente. Olha, voce nao precisa fazer isso...

Daniel quase se assustou com a risada da garota. Nunca tinha gostado tanto de uma risada desse jeito. Quis engarrafá-la para poder ouvir sempre que quisesse.
Mas o que o assustou mesmo foi o que ela disse por último.
Não preciso fazer o que? Vai ter que ser mais específica. Resgatar a bela dama ou me divertir vendo você aprender a voar? Porque, não importa qual das suas, eu não me importo em sair daqui. Não é muito bom ficar olhando muito para a madame Pince.. pode ficar gravado na memória e, acredite, você não vai querer se lembrar dessa cena antes de dormir - e apontou para a bibliotecária, que agora estava dormindo sobre o carrinho de livros devolvidos, a meio caminho de colocá-los de volta em seus devidos lugares.

Aquele papo todo de bela dama e voar era ate engracado, mas sobre a madame Pince... Bom, ele tinha 100% de razao. Ficar olhando para a Madame Pince dvia fazer mal a saude.O ministerio da Magia adverte: Olhar para a Madame Pince por mais d 5 sgundos causa retardo mental. disse em tom profissional, como se fosse funcionaria do Ministerio da Magia. Eh... Talvez voc ateh tenha razao... Eu acho que preciso mesmo dar um tmpo em tudo isso antes que acabe lendo a biblioteca toda... Menos os livros da ultima estante, porque... Bom, eu nao alcanco...

Fato. E eu ainda acho que 5 segundos é muito. Pode ficar gravado na retina.. - Daniel arrepiou-se com a idéia de ter que ver a madame Pince sempre que fechar os olhos.
Quer dizer então que a senhorita Cotonete Gigante não tem nada de gigante? Hmm.. mas você não pode ser tão baixinha assim.. - e chegou perto da garota para medir sua altura. Ela batia em seu peito. Bom.. acho que vou ter que mudar seu nome para Cotonetinha.
Quando chegou mais perto, Daniel percebeu um corte no pescoço da menina. Ele vinha desde onde o cabelo tampava de sua nuca até quase no meio da garganta. Como nunca vi isso antes?, pensou. Quis perguntar.. mas não teve coragem. Ela provavelmente não gostaria de se lembrar de algo que deixou uma marca tão grande nela.

Nossa! Imagina so vr a madame Pince todas as vezes que fechar os olhos! Argh! Tortura eterna. ela nao resistiu. Teve que dar uma olhada rapida na mente do garoto. Juliette, o que eh isso?! Se controla!

Ela riu um pouco com o novo apelido. Nao tenho nenhuma culpa se sou meio baixa pra a minha idade. nem bem terminou de falar notou o olhar do garoto na sua cicatriz no pescoco. la arrgalou os olhos rapidamente e se afastou um passo dele. Cobriu a cicatriz com uma das maos. Bom so um pedaco da cicatriz... So depois notou que aquilo devia ter assustado o garoto. Er... Isso eh... la tentou explicar, enquanto a lembranca daquela noite horrivel quando ela tinha 3 anos. Fechou os olhos como se aquilo fosse tirar aquelas imagens de sua cabeca. A cicatriz doeu como no dia em que foi feita, mas ela nao demonstrou a dor. Abriu os olhos novamente e tudo aquilo foi embora. Nao eh nada demais... tntou usar um tom de voz que dissesse que nao haveria problema nenhum em perguntar, mas nao era uma das lmbrancas mais felizes que ela tinha.

Juliette percebeu que ele estava olhando para sua cicatriz. Retardado, idiota. É por isso que os ingleses não gostam dos franceses, estúpido!, pensou. Daniel viu a expressão da garota, e se sentiu mal por ter deixá-la daquele jeito.
Ela começou a se explicar, mas ele a enterrompeu.
Não precisa dizer nada. Vou ouvir tudo quando quiser contar. Pode soar estranho, mas eu sou um bom ouvinte - e deu um sorriso sério. Esticou seu braço e segurou a mão de Juliette com a sua, tirando-a do pescoço da menina com delicadeza. Não precisa ter vergonha - e deu mais um de seus sorrisos de lado.
Agora, pronta para a vassoura?

Ela mudou sua expressao. Ou pelo menos tentou... Bom, pelo menos ela fez sus olhos voltarm ao normal... Nao ficarem mais arregalados. Ficou quase imovel nquanto ele falava. De repente, quando Daniel tocou em sua mao para tira-la do pescoco, pareceu que faltava ar. Conseguiu -com muita dificuldade, so pra deixar claro- puxar ar para os pulmoes depois de um tempo. Nao to com vergonha. disse, juntando o pouco de orgulho que ainda sobrava. Olha... Eu acho que nao to me sentindo muito bem pra isso... disse, colocando uma das maos na cabeca. Estava tonta. Ok, so mais uma vez... olhou novamente na mente de Daniel. Ele estava curioso. Podia nao ser tao ruim assim contar. Nunca havia contado sobre aquela noite quando tinha 3 anos pra ninguem na vida. Olha... O que u vou te contar nao sai daqui. tinha um leve tom de ameaca em sua voz. Eu fui um acidente... Meus pais sempre diziam isso pra mim quando eu era pequena... Aprendi a falar e andar bem tarde... Eles nao se preocupavam... Me odiavam. Tanto que... Quando eu tinha 3 anos... Eles tentaram me... a voz falhou quando tentava dizer a proxima palavra. Matar... respirou fundo. Sem magia...

Daniel cumpriu sua palavra. Ouviu tudo, sem interromper, como um bom ouvinte.
Ok, já cumpri minha parte de bom ouvinte. Agora, dois comentários. Primeiro, isso não sai daqui. Minha boca é um túmulo, para segredos - e passou a mão pelos lábios como que fechando um zíper invisível. E, segundo.. - ele hesitou. Bom.. passo a ser um fã de acidentes - disse sem graça, desejando não ter ficado vermelho.

Quando Juliette terminou d falar, se sentiu como se tivsse tirado um peso norme das suas costas, como se aquele momento quando ela tinha 3 anos tivesse sumido pra sempre. Respirou bem fundo, como se aquele ar fosse totalmente novo, Mais leve. Ouviu bem a primeira parte do que Daniel falou e sorriu balancando a cabca positivamente, como um professor que ensinou bem sua licao. Ja na sgunda parte, arrgalou os olhos por uma fracao de segundo, perguntando para si mesma se realmnte havia ouvido aquilo. Er... Como? levantou uma sobrancelha, meio confusa. Acho que eu... Nao ouvi direito a ultima parte... a voz falhava enquanto ela tentava falar.

A garota parecia não ter ouvido o que havia dito sobre acidentes. Merci, mon Dieu!, pensou.
Er.. nada.. deixa quieto.. - coçou a cabeça, pensando na sorte que dera e na macada que tinha feito. Retardado, como você fala isso? Por que você não pensa um poquinho, só um poquinho, antes de falar, hein??
Ham.. acho melhor a gente ir logo para as vassouras, ou se não vou falhar com o meu dever de Cavaleiro Branco.
Qual parte do "pensa antes de falar" você nao entendeu??

Ok... Pode deixar. ela sorriu, pensando um pouco. u nao vou fazer isso... Nao vou. Nao vou. desistiu de lutar contra a propria cabeca. Ok... Ultima vez. Definitivamente. respirou fundo. Nunca pensou em ncontrar pensamentos tao engracados quanto o dono. Ok... Nao vou fazer isso de novo. Nunca mais. sorriu quando ele falou das vassouras de novo. Droga... ela riu um pouco. Ja pensava que voce tinha esquecido! ela suspirou. Bom... Vamos, ne? Nao tenho escolha, mesmo... sorriu.

Ewan chegou à biblioteca com uma montanha de livros e pergaminhos nos braços. Depositou tudo aquilo na primeira mesa que viu à sua frente, para depois sentar-se com um suspiro de alívio. Se amaldiçoou mentalmente por ter deixado tantas tarefas de casa por fazer e pegou um pergaminho e uma pena para começar o primeiro de todos aqueles trabalhos, enquanto esperava Megan.
Tentou se concentrar no livro que acabara de abrir, mas Madame Pince, a zeladora da biblioteca, dormia em uma mesa perto dali e ressonava pesadamente, quebrando o silêncio costumeiro do ambiente. Droga! Agora além de ter todas essas tarefas pra fazer, eu também vou ter que ouvir essa mulher roncando como um porco? pensou, provocando um pequeno riso em si mesmo.

Os dois últimos meses haviam sido um tanto complicados para Juliette. Ela havia passado praticamente todo esse tempo na biblioteca. Raramente ia ao salão principal nas horas do almoço ou jantar. Só saia de trás de um livro para ir para as aulas e, de vez em quando, para ir para seu dormitório. Claro, isso era exatamente o que ela fazia todos os dias em seu primeiro ano em Hogwarts, mas estava um tanto desacostumada.

No momento, tinha nas mãos um livro sobre poções e, na mesa, um caderno aonde fazia algumas anotações importantes. Fazia tudo para prestar o máximo de atenção possível.