Beco Diagonal

Meg estava segurando a mão do irmão mais velho. Eles andavam pelo Beco Diagonal e Eric olhava a lista de materiais.

Meg, agora eu tenho que comprar os meus livros. Não tá muito cheio por aqui hoje, então pode comprar seus materiais sozinha, ok?

A irmã abriu um sorriso de orelha a orelha.
Valeu, Eric! Você vai me encontrar na Florean Fortescue como sempre, né?

Eric fez que sim com a cabeça. Meg o abraçou e em seguida saiu correndo com a lista na mão direita, em direção à primeira livraria que encontrou. Eric sorriu involuntariamente. Sua irmã, mais cedo ou mais tarde iria matá-lo de susto.

Meg entrou em uma livraria com nome estranho, e foi procurando os livros que estavam em sua lista. Caramba! Pra que eu vou precisar de tantos livros sobre feitiços? Tem outros bem mais interessantes por aqui!

Uma meia hora depois, estava com todos os livros de que precisava em seu caldeirão. E lendo mais um que havia comprado para se distrair. Sem perceber. estava saindo da livraria e andando pelo Beco Diagonal, lendo.

Hey, Slovak! O que é isso?

Meg ouviu uma voz de garoto em sua frente e em seguida o livro foi arrancado de suas mãos. Levantou a cabeça para ver quem era. Theodore Sempere estava na sua frente com o livro nas mãos e um sorriso de deboche.

Sempere! Devolve meu livro, seu retardado! falou, mais alto do que queria, estreitando os olhos e ficando meio vermelha de raiva.

Vem pegar ele, então! ria o garoto. Adorava irritar Megan. Ela era meio esquentada e nunca revidava muito.

Ele estava com o livro da garota, rindo, mas sua alegria logo acabou, pois Slovak praticamente pulou em cima dele, socando-o. Por pouco não caiu no chão.

Devolve meu livro, Sempere! Devolve agora! Meg gritava com raiva, atraindo a atenção das pessoas que passavam por lá.

Não! Não devolvo! Ele é meu agora! ele respondia, irritado, tentando afastar a garota.

Meg se lembrou dos conselhos dados por seus pais alguns dias atrás, quando quase havia quebrado o braço de um garoto em uma briga.

Quer saber? Fica com esse livro. Eu tenho coisa melhor pra fazer do que ficar aqui brigando com alguém que não merece nem meia palavra minha. Mas de uma coisa esteja avisado, Sempere... Eu vou pegar esse livro de volta. virou as costas e foi embora.

Lana estava andando pelas lojas do Beco Diagonal e lendo sua lista de materiais. Já havia comprado tudo de que precisava. Entrou em qualquer loja que encontrou e deu uma olhada no que havia nas vitrines. Era uma loja de animais mágicos. Encontrou um belo gato preto, e encarou seus olhos azuis. O gato olhou para ela, curioso.

Senhor, quanto custa este gato à minha esquerda? perguntou Lana ao homem que estava no balcão.

Vinte galeões, senhorita.

Ahh... Um pouco caro, mas... Gostei dele. Eu vou levar. ela colocou o dinheiro no balcão e em alguns minutos estava saindo da loja com mais uma coisa em suas mãos, a gaiola em que estava o gato. Acho que vou te chamar... De Dean! Lana sorriu quando o gato ronronou dentro da gaiola. Ela viu um garoto que conhecia apenas de vista e tentou puxar assunto. Estava entediada, mesmo.

Hmm... Oi?

Eric andava procurando a loja aonde iria comprar seus livros para aquele ano, mas sempre se perdia no Beco Diagonal. Era como se sempre se esquecesse aonde ficava a livraria.

No meio do caminho, uma garota de cabelos roxos falou com ele. Eric deu uma boa olhada na garota para ver se a reconhecia.

Oi. Você deve ser a Lana, certo? Meu nome é Eric. Eric Slovak. Da aula de poções. estendeu a mão direita para que a garota apertasse.

É, meu nome é Lana... Eu bem que te reconheci de algum lugar, Eric. Te vi uma vez metido numa encrenca na sala comunal. ela soltou a gaiola do gato e apertou a mão do garoto, rindo um pouco. Ela deixou os livros caírem do caldeirão acidentalmente durante o aperto de mãos, então se abaixou e continuou segurando a mão do garoto. Quando se levantou e percebeu o que tinha feito, riu e ficou levemente corada, sentindo que os cabelos ficavam mais vermelhos que ela própria.

Eric riu quando a garota deixou os livros caírem e ainda segurando sua mão, se abaixou para pegá-los. Lembra a Meg, pensou.

Soltou a mão da garota e se abaixou para juntar os livros. Rapidamente pegou todos e entregou para Lana, para que ela os colocasse de volta no caldeirão.
Olhou para o gato que miava na gaiola ao lado da menina. Não gostava muito de gatos, era alérgico a pelos. Mas ninguém precisava saber disso. Gato bonito. É seu? imediatamente notou a pergutna idiota que tinha feito. Claro que era dela! Se não fosse ela não o teria soltado para cumprimentar. Ah... Claro que é... Desculpa a minha idiotice. A minha irmã tem uma aranha... Aranho, na verdade...

Lana olhou para Eric quando ele se abaixou para juntar seus livros. Estava tão distraída que só percebeu que ele havia soltado sua mão na hora que estendeu os livros para ela. Obrigada! disse ela, pegando os livros e colocando-os de volta no caldeirão. Ela riu quando o garoto perguntou se o gato era dela e quando ele se corrigiu. Tudo bem, você não é idiota! Bem, não que eu saiba... Legal sua irmã ter uma aranha! Eu não gosto muito delas, mas é legal... Lana bateu na própria testa com a mão livre quando percebeu que tinha sido sincera demais outra vez.

Ele riu quando notou que Lana bateu na própria testa, provavelmente pensando que havia abusado da sinceridade. Eu não gosto muito também, mas aquele bicho é praticamente a vida da minha irmã. Ela puxou minha avó no gosto por esses animais estranhos... Uma vez, quis ter uma fada mordente... E só parou de chorar três dias depois que negaram. exibiu um meio sorriso involuntariamente, ao se lembrar do acontecido. O nome dela é Megan. Duvido que você a conheça. Ela não fala muito com as pessoas. pensava aonde estaria a irmã naquele momento. Provavelmente metida em algum problema.

Ela riu, pensando que Eric havia entendido o porquê do gesto dela de bater na própria testa. Nossa, é meio estranho ter uma aranha como parte da própria vida, e... Ai meu Merlin, eu não paro de falar besteira nem por um instante? ela tentou rir, mas ficou ainda mais sem graça. Bom, fadas mordentes são um tipo de animal meio... Exótico pra se ter em casa... Ah, acho que eu conheço sua irmã de vista. Pelo menos conheço uma menina que se parece muito com você! E ela é da Grifinória, certo? Ai... Eu falo demais, não é?

Eric a encarou por alguns segundos, mas depois não resistiu, e acabou soltando uma sonora gargalhada

Bom... Não sei o que responder primeiro, então vou ver se consigo respectivamente... falou, ainda rido um pouco.

É. Eu sei que é estranho... E aquele bicho é venenoso! Digo isso pra ela o tempo todo, mas nunca dá certo. Também não gosto de fadas mordentes. Na casa de campo da minha tia, vez ou outra temos que tirá-las de lá... Sim, minha irmã é da Grifinória e sim, você fala um pouco demais. Mas eu não ligo, sabe... Prefiro ouvir a falar.

Lana olhou para Eric por um instante, e riu de leve.

Uma aranha venenosa! Nossa! E sim, eu sei que falo demais... Desculpa, é hábito. Eu fico calada dentro de casa as férias praticamente todas, então preciso falar quando encontro alguém que não seja a minha tia... Lana revirou os olhos, e só então percebeu várias cicatrizes no rosto do garoto. Ela encarou o garoto por alguns instantes, mas depois simplesmente sacudiu a cabeça.

Aranho, pra falar a verdade. E o nome dele é Heath. ele parou um pouco para pensar por que havia dito o nome da aranha/o aranho. Mas logo foi respondendo às outras coisas. Ah... Eu diria que entendo, mas estaria mentindo. Eu não gosto mesmo de falar. Nem em casa, nem nos outros lugares... Aliás, nunca falei tanto como agora. parou por um tempo, e percebeu que a garota encarava suas cicatrizes. Deu um nó em sua garganta, ms ele conseguiu falar, mesmo que meio rouco. O que foi? Há alguma coisa errada com meu rosto?

Ah... Ok... ela falou, distraída. Já eu entendo você, tem gente que não gosta de falar, mesmo. Nossa, você nunca falou tanto como agora? Eu ainda achei que você estava falando pouco... Lana percebeu a rouquidão na voz do garoto e achou o fato estranho, porque não havia feito nada demais, por mais que parecesse estranho encarar o rosto de uma pessoa daquela forma, mas pelo menos não havia sido sua intenção. Ah... É que eu me lembrei de uma pessoa... Por causa das suas... Cicatrizes... Não tem nada de errado com você, não....

Ele estava quase suando frio, por ela ter tocado no assunto das cicatrizes. Tinha medo que ela descobrisse. Lana parecia ser legal, e ele não queria fazê-la sentir medo por causa de seu "problema cabeludo". E continuou com a voz rouca. Lembrou, é? De quem? Ele teve vontade de dizer que ela estava redondamente enganada ao dizer que não havia nada de errado. Porque havia. Por um momento teve vontade de falar logo de uma vez todo seu problema. Que era um lobisomem. Lutou contra essa vontade, agarrando-se ao pensamento de que se contasse, perderia uma possível futura amizade.

Lana olhou para ele e viu como ele estava nervoso. Não queria fazê-lo se sentir assim, mas resolveu dizer a verdade de uma vez, ou ela ficaria mais nervosa ainda. Bom... Eu me lembrei do meu tio... E ele... Bem... ela estava nervosa, não conseguia disfarçar. Meu tio era um lobisomem, e você se parece muito com ele quando era jovem. As cicatrizes, o jeito nervoso com que você fala do assunto... E me desculpa se eu estiver enganada, eu não consigo segurar as coisas que falo. E queria que você soubesse que eu não teria medo por isso. Eu odeio minha tia até hoje porque nossa maior diferença é que ela não consegue enfrentar os problemas e colocou meu tio pra fora de casa.

Ah... Eric engoliu em seco. Estava realmente suando frio. A respiração descompassada, o coração parecendo que ia saltar pela boca. O pânico tomando conta dele. Não podia dizer que não era um lobisomem, pois isso seria mentira, e ele tinha uma política rígida sobre não mentir. Também não podia dizer que era, isso seria quase o mesmo que assinar a própria sentença de morte. Alguma coisa dentro dele dizia que Lana era de confiança, mas não saberia como falar nem que fosse para a pessoa mais confiável do mundo. Fechou os olhos tentando organizar seus pensamentos.

Ela entendeu os sinais que o garoto dava como uma confirmação para o que ela pensava. Ficou mais nervosa a cada momento, pensando na besteira que tinha feito. Tentou olhar para ele de um jeito que mostrasse confiança, mas achou que não deu muito certo. Resolveu tentar com as palavras. Eric... Eu não vou contar pra ninguém... E me desculpa por ter tocado nesse assunto, não sei o que me deu, eu... ela ficou corada e abaixou a cabeça, parecendo triste. O gato ao seu lado miou, como se entendesse o que estava acontecendo.

Tonks escreveu:

Ela entendeu os sinais que o garoto dava como uma confirmação para o que ela pensava. Ficou mais nervosa a cada momento, pensando na besteira que tinha feito. Tentou olhar para ele de um jeito que mostrasse confiança, mas achou que não deu muito certo. Resolveu tentar com as palavras. Eric... Eu não vou contar pra ninguém... E me desculpa por ter tocado nesse assunto, não sei o que me deu, eu... ela ficou corada e abaixou a cabeça, parecendo triste. O gato ao seu lado miou, como se entendesse o que estava acontecendo.

Ah... Obrigado, eu acho...

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Meg andava meio irritada, com seus materiais no caldeirão e Heath no ombro. Viu Eric de costas, não sabia o que ele estava fazendo lá. Chegou mais perto e abraçou o irmão por trás.

Oi, Eric! viu uma garota na frente do irmão. Não a vira antes, pois como o garoto era muito alto, era difícil ver quando estava sozinho ou não. Er... Tô atrapalhando alguma coisa?

Não, Meg... Nada... Ele estava com uma cara de defunto. Parecia morto mesmo. Meg o soltou e olhou para a garota com quem ele aparentemente estivera conversando. Ela também estava com cara de enterro. Imediatamente, algo veio à cabeça de Meg.

Ah não, Eric... Me diz que você não fez isso. Me diz que você não fez... A garota estava com os olhos arregalados, quase para saltarem do rosto.

Me desculpe, Meg... Se eu dissesse isso, estaria mentindo. ele respondeu com a cabeça baixa. Meg olhou para a garota, esperando que esta dissesse algo em sua legítima defesa.

Não tem de quê...
Lana olhou para a garota que chegou e abraçou Eric. Certamente era a irmã dele.
Ouviu a conversa dos dois e imaginou do que se tratava. Na verdade, tinha certeza.
Deu uma outra olhada em Megan e percebeu que ela a estava encarando.
Acho que é isso que você tá pensando, sim... Mais uma vez, desculpa... Eu não devia ter começado isso tudo, não devia mesmo...

Ah, tudo bem... Agora a besteira já tá feita... A única coisa q você pode fazer é jurar de pé junto que nunca vai contar isso pra ninguém nesse mundo inteiro, ou, provavelmente, qualquer dia desses vai acordar sem cabelos e respirando por um tubo em Timbuktu. deu um sorriso infantil, como que para disfarçar a ameaça.

Meg! Eric repreendeu. Isso lá é jeito de falar com as pessoas? Ele estava realmente assustado com o que a irmã dissera.

Eric! Me poupa dessa, ok? Você não é o nosso pai. falou meio irritada, logo em seguida, voltando-se para Lana. Promete.

Meg, você tá zangada... Aconteceu alguma coisa? O irmão estava curioso, raramente via Megan daquele jeito.

Nada importante, Eric... Um garoto acabou com a minha paciência e roubou um livro meu... Nada demais, eu recupero ainda hoje. respondeu, bolando mil e um planos para roubar o livro de volta. Mas lembrou-se da garota desconhecida, que, a esta altura já estava a encarando com cara de "Credo! Menina doida!".

Hellen estava andando distraidamente tentando ajeitar suas coisas q estavam quase caindo, deu uma parada no meio do caminho, jogou os livros no caldeirão e continuou andando. Estava olhando sua lista de material e checando se já havia realmente comprado tudo de que precisava, guardou a lista no bolso e percebeu que Lana, Megan e Eric estavam conversando e viu as caras nada animadoras, nem um poco confiantes e de certa forma confusas(em seu olhar)....Chegou por trás dos três e ai gente! sentiram minha falta Hellen entrou na rodinha que se formava ali e ficou com uma cara um pouco indagadora e um tanto quanto misteriosa mas de forma comum.

Lana suspirou e olhou para os dois. Ainda não acreditava no que havia feito.
Manteve o olhar em Megan por alguns minutos, mas logo disse, num tom mais frio do que desejava:
Eu já prometi para o seu irmão. Acho que é suficiente.
Ela olhou para a garota que chegava e disse em tom ainda mais frio:
Lestrange. Pelo que vejo, continua tão intrometida quanto sempre foi.

Tonks escreveu:

Lana suspirou e olhou para os dois. Ainda não acreditava no que havia feito.
Manteve o olhar em Megan por alguns minutos, mas logo disse, num tom mais frio do que desejava:
Eu já prometi para o seu irmão. Acho que é suficiente.
Ela olhou para a garota que chegava e disse em tom ainda mais frio:
Lestrange. Pelo que vejo, continua tão intrometida quanto sempre foi.

Hellen olhou para Megan e Eric q estavam com uma cara de defuntos usaram muita maquiagem ou tão entrando em decomposição? animação gente! Hellen soltou um risinho falso e tornou a olhar para Lana Vc sabe q me ama Lana...nem tem em que reclamar...e se tem....guarde suas reclamações para outro dia porque não to afim de discutir hoje Hellen soltou a gaiola com sua coruja no são e cruzou os braços.

Ah, sim, senhorita inferno-em-forma-de-garota, é claaaro que eu te amo.
Lana revirou os olhos e fez uma expressão irritada no rosto.
A culpa não é minha se você não tem coragem pra discutir comigo. Eu admito que os meus argumentos venceriam bem rápido, mas não custaria nada você tentar, certo?
E é claro que eu tenho do que reclamar. Eu tô vendo a sua cara, isso é mais que motivo pra reclamações!

A culpa não é minha se você não tem coragem pra discutir comigo. Eu admito que os meus argumentos venceriam bem rápido, mas não custaria nada você tentar, certo?
E é claro que eu tenho do que reclamar. Eu tô vendo a sua cara, isso é mais que motivo pra reclamações!

Hellen olhou com uma cara um tanto ameaçadora para Lana mesmo sabendo que não a ameaçaria, não estava com humor para ameaçascoragem eh oq não falta Lana, mas a minha paciencia tem limites, e eu não quero gasta-la com vc....e antes de vc procurar reclamar da minha cara se olhe mais vezes no espelho, soh tome cuidado para ele não quebrar, talvez se vc colocar um lenço na sua cara ele não queber