Corredor do Sétimo Andar

Eu nem preciso dizer que você pode conversar com as armaduras, certo?

Meg acabara de sair de sua Sala Comunal, e acabou esbarrando em alguém. Ah, me desculpa, eu... Eric?! ela percebeu que era o irmão, quando olhou para frente e o viu, visivelmente irritado e estava tossindo um pouco. Ele segurava algo em sua mão. Meg olhou e viu que era a capa, que havia deixado lá. SUA BESTA! Por que você não viu a capa, Meg?! Sua lerda! uma voz disse, na cabeça de Megan.

Olha, Eric... Eu só... tentou explicar, mas o irmão a interrompeu.

Você poderia ter morrido, Megan! ele quase gritou, e tossiu mais uma vez.

Mas não morri! Eric, você fala como se fosse adulto! Mas você não é! Você não é meu pai, Eric! O que importa é que eu não morri! falou de uma vez.

Meg, você não entende... Se você tivesse morrido, eu... dessa vez ele que foi interrompido, parou para tossir um pouco e Meg aproveitou para falar.

''Se eu tivesse morrido''! Eu não morri! Eu tô aqui, mais viva do que sabe-se lá o que! Além do mais, que falta ia fazer? dessa vez foi ela que quase gritou. Meg sabia que não devia ter dito aquilo, mas as palavras simplesmente saltaram para fora de sua boca. Preciso ter mais auto-controle...

Muita falta, Meg! Se você morresse, se... Conseguisse te atacar, eu nem sei como, mas deve ter alguma coisa a ver com meu nariz machucado... Bom, se tivesse te atacado, Meg, eu ia me culpar pra sempre. Pense nisso! Meg, o que eu faria se você morresse?! Fora a vez de Eric falar tudo de uma vez. Meg fez um esforço danado para conseguir entender tudo, já que o irmão falava muito rápido.

Vamos esquecer isso, ok? Nunca aconteceu. Mas prometa que não vai fazer isso de novo... Eric estendeu a mão para selar o acordo com Meg.

Só se você prometer falar de um jeito mais normal! Não quero ficar conhecida como ''a irmã do nerd do Eric'', ok? ela disse, rindo e apertando a mão do irmão. Eric sabia que Meg o achava nerd. Aliás, a maioria das pessoas achava. E não se sentia incomodado com isso, mas sabia que precisava melhorar um pouco. Então simplesmente riu Está bem... Quero dizer... Tá bom! e tossiu mais uma vez.

Eric, tudo bem? Você tá tossindo muito. meg perguntou, preocupada.

Ah, Nada, Meg... É que... ele tossiu mais uma vez.

Poção Mata-cão. Você é alérgico, Eric! Não pode beber isso!

Foi só dessa vez, Meg. Eu precisava falar com você, e não poderia... Quer dizer... Podia vir sem ser visto, e ficaria estranho se eu fosse embora e não voltasse. Certo?

Ah é, claro... Então você vai ficar uma semana livre?

É, vou ter que ficar a semana inteira, mesmo... E essa tosse não vai me deixar em paz. tossiu de novo.

Não vou tomar café-da-manhã hoje... Você vai?

Não... Es... Quero dizer... Tô sem fome.

Meg ficou feliz com o fato de que seu irmão não iria perder o primeiro dia de aula. Foram juntos e conversando até os Jardins, já que não tinham nada para fazer.

Mirella tinha saído da Ala Hospitalar as pressas, porque Megan e um garoto que não tinha conhecia, foi para o lugar aonde sempre ia quando estava com vergonha. Correu para o sétimo andar e sentou-se do lado de uma estátua. Nicolas estava lá também e o garoto se espantou ao ver a prima Oi Mi. O garoto estava segurando a aliança de namoro nas mãos, estava olhando para o vazio Algum problema? Nick não a ouviu. O que será que a Meg está fazendo com aquele menino? e ficaram sentados ali. Passaram-se dez minutos e os dois sairamd e lá.

Eu garanto que posso fazer uma pocao pra voce enxergar! Nao eh grandes coisas! Jah fiz uma pra curar miopia! Acho que isso nao vai ser tao dificil assim! Grey estava empolgado com a possibilidade de ajudar um amigo cgo a enxergar, mas parecia que nao estava conseguindo convencer Andrew.

Grey, eu ja disse mil vezes e vou dizer de novo. o garoto disse, enquanto andava, segurando sua bengala (que ele chamava de olhos) a frente para nao correr riscos. Naoprecisa. Eu posso muito bem viver sem enxergar, e... antes que ele pudesse terminar a frase, Grey pareceu lembrar de algo importante. Merlin! Eu esqueci aquele frasco no dormitorio! Andrew, eu tnho que ir! Te vejo mais tarde, ok? Andrew pensou em responder, mas ouviu os passos do novo amigo se afastando depressa, e percebeu que ele ja havia ido embora.

Ok... Como eu saio daqui agora?

Ewan estava feliz por finalmente ter terminado todas as suas tarefas, mas agora ficara entediado. Tentando encontrar alguma coisa para fazer, foi andar pelos corredores do castelo para ver se encontrava alguém.

Andou e subiu as escadas até o sétimo andar, até que encontrou um garoto um pouco à frente. Foi até mais perto dele e só então percebeu que o garoto usava uma bengala e parecia ser cego.
Com uma expressão meio curiosa no rosto, perguntou:

Ei, tudo bem? Você parece meio perdido, quer ajuda?

Andrew ouviu passos se aproximando e em seguida uma voz perguntando se ele precisava de ajuda. Não queria acabar olhando para o lado errado e pasar vergonha, entao continuou com a cabeça baixa. Sim! Por favor! Eu tô meio perdido... Voce pode dizer... Er... Aonde eu tô? perguntou. Além de ser cego, ele não tinha senso de direção NENHUM. Então vivia se perdendo. A propósito... Meu nome é Andrew Shelburn. Quem é você? tentou não soar mal-educado, e achou que fez um bom trabalho. Mas aquilo não importava muito. Ele estava perdido. Bom... Na verdade ele nem sabia aonde queria ir, então não era realmente perdido... Ou... Argh! Nó no cérebro!

Ewan sorriu gentilmente quando percebeu a confusão do garoto e se dispôs a ajudar.
A gente tá num dos corredores do sétimo andar. disse.

Ah, sim. Prazer, Andrew. Pode me chamar de Ewan. Ele notou que Andrew ainda não parecia ter se localizado, então se ofereceu para acompanhá-lo até onde ele queria ir.
Quer sair daqui? Eu não tô ocupado, posso te ajudar, se quiser!





Off:
Eu tava morrendo de saudade do Ewan, e você?

Ah... Valeu!Andrew "olhou" na direção de onde estava ouvindo a voz do garoto. Ok... Mas talvez você tenha que repetir depois... Eu demoro um puco pra me lembrar de nomes... E... Eu não faço muita questão de sair daqui, principalmente porque eu não tenho muito pra onde ir, então tanto faz... ele andou alguns passos para qualquer direção, mas bateu de cara em uma armadura, que caiu, fazendo um barulho muito alto e assustando o garoto. Er... Isso foi... Metal caindo, certo? ele se ajoelhou, segurando a armadura e tentando colocá-la de pé novamente. Sem sucesso.

Off: Mas claro! É meio difícil não ficar com saudade do Ewan!

Não, tudo bem! Eu não tenho a melhor memória do mundo e também demoro um pouco pra me lembrar de nomes.
Ah, ok... Se você não... Ewan não chegou a terminar a frase, porque ouviu um barulho alto e quando se virou para olhar, viu uma armadura caída e Andrew ajoelhado ao lado dela, tentando levantá-la.
É... Foi barulho de metal caindo, sim. disse Ewan, dando um meio sorriso e se abaixando para tentar levantar a armadura de volta. Argh, é muito pesada... disse, fazendo um pouco mais de força e finalmente conseguindo posicionar novamente a armadura em seu lugar.

Valeu. Andrew agradeceu a ajuda de Ewan. Sozinho ele não teria conseguido levantar a armadura. Não era muito forte. Ainda ficou uns segundos procurando sua bengala (que ele havia deixado no chão para tentar (inutilmente) colocar a armadura no lugar), e depois conseguiu levantar. Eu preciso tomar mais cuidado com pra onde eu ando...

Que barulho alto foi esse? Quem morreu? Meg saiu da Sala Comunal, curiosa para saber o que havia acontecido. Heath, que antes estava em seu bolso, havia se assustado e agora estava no ombro da garota. Ah! Oi, Ewan! Oi, garoto que eu não conheço... Eu sou a Megan... Megan B. Slovak... E você?

Andrew Shelburn... Esse B no seu nome é de que?

Er... Você não precisa saber... Então... Qual é a da bengala? ela perguntou, realmente não entendendo o motivo.

É que... Bom... Eu sou... Cego... ele achou estranho que a garota não tivesse entendido. E se pudesse enxergar, veria que ela ficou vermelha.

Ah... Claro... Desculpa... Mas mudando de assunto pra o clima não ficar chato... Que barulho foi esse?! Pelo amor de Merlin! Eu quase tive um ataque cardíaco!

Ewan se apoiou na armadura para conseguir levantar-se direito e ficou de pé. É, precisa tomar cuidado mesmo...

Ainda segurando-se na armadura, ele ouviu uma voz feminina se aproximando e olhou para o lugar de onde estava vindo. Deu um leve sorriso quando viu quem era e a cumprimentou.
Oi, Megan! Ewan ficou em silêncio enquanto Andrew e a garota conversavam, de cabeça baixa, encarando seus próprios sapatos. Levantou a cabeça assim que ouviu Megan fazer sua última pergunta.
Foi uma armadura caindo... Essa aqui, pra ser mais exato. ele apontou para a armadura em que estava com o braço direito apoiado.

Meu Merlin! a garota exclamou. Como vocês conseguiram essa "proeza"? perguntou, colocando Heath em seu bolso, agora que ele não estava mais assustado.
Na verdade fui eu... Não prestei atenção por onde andava e aí dei de cara com a armadura. ele massageou o próprio nariz. Meu nariz tá doendo até agora! o garoto se apoiou em uma parede (dessa vez, uma parede mesmo. Não uma armadura...) e colocou a bengala ao seu lado. Bom... Como vai a vida, seres vivos? ela não esperou resposta nenhuma. A minha vai bem, obrigada!

Fênix Flamejante ! Eu preciso de um mapa de bolso. Urgente!

Clarice olhou em volta. Aquilo não parecia ser nem perto de um caminho mais curto para o retrato da Gordinha.
De repente, um barulho. Um barulho assustadoramente perto e alto, fazendo-a pular tão institivamente que não percebeu até que caiu no chão.
Ela se aproximou engatinhando do corredor de onde o barulho veio, até que conseguiu ouvir algumas vozes.
Isso, almas vivas! Eles devem ter um senso de direção melhor que o meu!
No final do corredor, dois meninos e uma menina que ela já conhecia conversavam em volta de uma armadura semi-caída no chão.
Ei, vocês podem me ajudar? Eu tô meio.. meio não, completamente perdida! A enfermeira me explicou um atalho até a Sala Comunal da Grifinória.. mas eu.. esqueci! - Clarice disse num sorriso sem graça.

Meg viu a garota que andava na direção deles, perguntando aonde ficava a Sala Comunal da Grifinória. Era a garota que conversara com ela mais cedo naquele mesmo dia, na própria Sala Comunal. Ela parecia não ter muito senso de direção, o que lembrava Meg de alguém que conhecia... Ela mesma. Até que você tá perto da Sala Comunal. No fim do corredor você vira a direita. O retrato da Mulher Gorda fica lá. É meio impossível não ver. ela riu. Era realmente meio difícil, não ver um quadro com uma mulher que mais parecia uma elefanta, em um vestido cor-de-rosa, cantando ópera ou qualquer coisa... Eu também me confundia bastante no primeiro ano... Isso é normal.

Andrew ouviu a garota com quem havia conversado segundos atrás falar com uma outra que provavelmente havia acabado de chegar. Não queria interromper a conversa e por isso preferiu ficar calado

Ewan viu uma garota chegando. Ela também parecia perdida, como Andrew estava antes.

"Meu Merlin, será possível que todo o mundo resolveu se perder hoje?" pensou, enquanto ria por dentro.
Ele ouviu a garota perguntando aonde ficava a Sala Comunal da Grifinória e, num gesto automático, virou-se para ela com intenção de responder, mas Megan já havia respondido a sua pergunta.
Ewan, então, ficou em silêncio até Megan terminar de falar. E depois dirigiu à outra garota um olhar cortês, ainda silenciosamente.

Clarice ouviu o que Megan disse com muita atenção, pelo menos até a parte do "é impossível se perder". Quantas vezes ela não ouvira isso e mesmo assim conseguira fazer o impossível?
Valeu, Meg! Pelo menos eu estava na direção certa dessa vez. Acho que eu vou demorar um pouco para me localizar aqui.
Foi só quando o mais alto dos meninos a "cumprimentou" com um olhar que ela se deu conta de que tinha se esquecido deles.
Ah, ei! Prazer, Clarice. Mas vocês podem me chamar de Claire! - ela estendeu a mão para o que estava mais perto, o que ainda não havia falado nada.

Eu sei... Esse já é o meu terceiro ano em Hogwarts, mas eu ainda não me localizei totalmente... Demora mesmo. ela achava que Clarice não iria responder, porque agora ela estava falando com os dois garotos que estavam lá.

Andrew percebeu, alguns segundos depois de a garota falar, que ela havia se dirigido a ele e Ewan. Ela acabara de se apresentar. Oi, Clarice... Meu nome é Andrew Shelburn... ele não achou que seria bom falar mais do que aquilo. Não queria parecer muito tagarela. Tinha a sensação de que estava perdendo alguma coisa da "cena" ali, mas ficou quieto.

O menino demorou um pouco para responder, e ele não olhou exatamente para ela quando se apresentou. E o mais estranho, ele deixou sua mão ali, no ar. "Será que ele não viu?", ela pensou.
Ah, oi, Andy! Posso te chamar assim? - e ela alcançou a mão dele para finalizar sua tentativa de cumprimento.
E, por Merlin, que barulho foi aquele mais cedo? Parecia que alguém tinha derrubado a mãe de todas as estátuas !

Andrew achou meio estranho a garota chamá-lo de Andy. Não estava muito acostumado com apelidos. Tá... Se você quiser. Ele sentiu a mão da garota apertar sua mão livre (pois a outra seguurava a bengala). Provavelmente ela estendera a mão para ele antes, mas ele não percebera. Sabia que estava perdendo alguma coisa! Desculpa... Eu não percebi o cumprimento. se desculpou, antes de Clarice falar sobre aquele barulho minutos antes. Ah... É que eu derrubei uma armadura sem querer. Sorte que o Ewan tava aqui e me ajudou a levantar a armadura...

Quando Clarice olhou para baixo, para ver o que ainda restava no lugar da estátua, ela reparou que Andrew estava apoiado em uma bengala. "Aaah, entendi!", pensou.
Ora, não precisa se desculpar. Eu que peço desculpas por não ter percebido antes. Eu sou totalmente avoada e.. ai, desculpa. Eu.. meio que começo a falar de mais quando eu fico sem graça e.. ah, eu só to deixando pior.. pronto, calei.
Clarice sentiu suas bochechas brancas mudarem para o escarlate. "Por que você fala tanto, Claire?"

Clarice começou a pedir desculpas de repente. Pelo visto havia acabado de descobrir que ele era cego. Era normal aquela reação por parte das pessoas quando descobriram isso ou quando ele contava (essa última raramente acontecia). Pedir desculpas exageradamente e falar besteiras... Ele não gostava muito disso, mas também não reclamava. Sorriu em uma tentativa de fazer a garota não se sentir mal. Não tem problema... começou a falar. Não é exatamente um problema.

Gregory estava dando uma volta meio desanimado, não tinha paciencia para ler alguma coisa e resolveu dar uma volta. Gostava do sétimo andar, ele gostava do número sete, assim, achava que sempre acharia algo bom lá. Na verdade quando ele passava pelo corredor não via muita coisa interessante, algumas estátuas e poucas pessoas conversando, uma delas era garota de pele clara, bonita... Gregory ficou encarando descaradamente por um tempo, os olhos eram de uma cor próxima do azul. Ele viu que a garota havia perdebido que ele olhava e desviou a visão para a estátua.

Antes que Clarice pudesse pensar no que responder Andy, ela percebeu um vulto loiro no fim do corredor. E ele estava olhando para ela.
Quando seus olhos verdes se encontraram com os dela, o menino virou a cabeça, o que deu a Clarice a total liberdade para repará-lo melhor.
Sua camisa saia de seu moleton de modo descuidado, e a gravata verde e prata estava jogada de qualquer modo sobre seus ombros.
E quando ele olhou para ela de novo, foi sua vez de desviar o olhar. E, dessa vez, ela sentiu suas bochechas já vermelhas ficarem da cor de chamas.

Gregory virou e deu um passo na direção oposta ao grupinho. "perai! oque que eu to fazendo?" eu virou novamente e começou a andar em direção a eles. Passou a mão no cabelo e o balançou contra a luz, percebeu que a garota estava olhando e o tom avermelhado em suas maças do rosto eram algo tão lindo. Gregoty viu que Meg estava ali "que bom que você tá aqui Meg" ele sorriu Oi gente Gregory não deu muita importância aos outros presentes, ele não conseguia tirar os olhos da garota Acho que não nos conhecemos...Sou Gregory, Greg para os íntimos, pode me chamar assim ele riu e você é...

O menino se virou e deu um passo para longe. Isso confundiu Clarice. "Por que ele não vem aqui? Será que ele não gosta de alguém daqui? Ela olhou em volta, mas parecia que ninguém mais havia percebido ele.
De repente, o menino parou. Ele se virou e passou as mãos pelos cabelos claros, deixando-os ainda mais bagunçados.
O menino se aproximou, e seu olhar incessante deixou Clarice sem jeito quando ele falou com ela.
É, não nos conhecemos mesmo. Eu sou Clarice. Claire para os ítimos, mas não sei se você jã pode me chamar assim - e ela fez uma cara de desafio, curiosa para ouvir mais a voz do menino.